Bem muitas pessoas tem preconceitos com esse estilo musicalque possui em media 60 sub-gêneros vamos esclarecer algumas coisas por aqui como o surgimento dela e outras coisas relacionadas.
Música eletrônica é toda música que é criada através do uso de equipamentos e instrumentos eletrônicos, tais como sintetizadores, gravadores digitais, computadores ou softwares de composição. A forma de composição é geralmente intuitiva e muitas vezes podem ser feitas até mesmo por pessoas com pouca experiência musical. Os softwares são desenvolvidos de forma a facilitar a criação.
História:
A habilidade de
gravar sons é absolutamente necessária para a produção de música eletrônica, e
é certamente bastante útil. O primeiro precursor do fonógrafo foi inventado em 1857 quando Leon Scott gravou pela primeira vez impressões de
som em cilindros revestidos em carbono. Duas décadas
depois, em 1878 Thomas A. Edison patenteou o fonógrafo, que utilizava
cilindros similarmente ao dispositivo de Scott. Apesar do mecanismo ter se
mantido inalterado por um tempo, Emile
Berliner desenvolveu o fonógrafo
em disco em 1897.
Data de 1897 o
mais antigo instrumento musical electroacústico. Foi uma invenção de Thaddeus Cahill, conhecida como dinamofone ou telarmónio. A máquina consistia num dínamo eléctrico, associados a indutores electromagnéticos capaz de produzir
diferentesfrequências sonoras.
Estes sinais eram comandados por um teclado e um painel de controlos e difundidos
pela linha telefónica, cujos
terminais estavam equipados com amplificadores acústicos, colocados em locais públicos. Veio a verificar-se que a emissão musical interferia com as chamadas telefónicas, o que era insustentável. O instrumento tinha a capacidade de sintetizar sons com os timbres desejados, por sobreposição de parciais harmónicos. O sistema que permitia este desempenho tornava a máquina extremamente complexa e de dimensões gigantescas. O compositor Ferrucio Busoni mostrou interesse pela invenção, potencialmente geradora de novos conceitos harmónicos, não tendo no entanto apoiado directamente o projecto. A tecnologia foi posteriormente usada para o desenvolvimento do órgão Hammond. Entre 1901 e 1910, Cahill desenvolveu três versões maiores e mais complexas que o original, a primeira pesando sete toneladas, e a última, acima de duzentas. Com a queda do interesse público, em 1912 a empresa de Cahill estava falida.
terminais estavam equipados com amplificadores acústicos, colocados em locais públicos. Veio a verificar-se que a emissão musical interferia com as chamadas telefónicas, o que era insustentável. O instrumento tinha a capacidade de sintetizar sons com os timbres desejados, por sobreposição de parciais harmónicos. O sistema que permitia este desempenho tornava a máquina extremamente complexa e de dimensões gigantescas. O compositor Ferrucio Busoni mostrou interesse pela invenção, potencialmente geradora de novos conceitos harmónicos, não tendo no entanto apoiado directamente o projecto. A tecnologia foi posteriormente usada para o desenvolvimento do órgão Hammond. Entre 1901 e 1910, Cahill desenvolveu três versões maiores e mais complexas que o original, a primeira pesando sete toneladas, e a última, acima de duzentas. Com a queda do interesse público, em 1912 a empresa de Cahill estava falida.
O teremim e o
movimento futurista
Com o final da Primeira
Guerra Mundial os
primeiros avanços foram no sentido de tornar os equipamentos mais económicos e
compactos. Uma dessas invenções foi o teremim,
desprovido de teclado, munido de dois detectores de movimento que controlavam o volume e
a altura do som a partir do movimento livre das mãos do executante. Um outro
exemplo de instrumento é o Ondas
Martenot,
inventado em 1928 por
Maurice Martenot e
usado em obras como "Turangalîla" e "Trois Petites
Liturgies" de Olivier
Messiaen.
Mais tarde surgiram instrumentos polifónicos como
o Givelet e
o órgão
Hammond,
cujos potenciais foram imediatamente reconhecidos e explorados. O Givelet tinha
a capacidade de ser programado, o que foi mais tarde largamente ultrapassado
pelossintetizadores e
pelos computadores que
viriam a surgir cerca de 25 anos mais tarde. Produzido por Laurens
Hammond a
partir da fundação de sua empresa em 1929,
o órgão Hammond era baseado nos princípios do telarmónio junto com outras
tecnologias como as primeiras unidades de reverberação.
O movimento futurista,
iniciado na Itália pelo
poeta Filippo
Marinetti,
rapidamente se expandiu pela Europa,
na defesa da liberdade da expressão artística, que se revelou na música pela
utilização de técnicas de produção sonora não convencionais até então, dando-se
valor ao que é considerado "barulho". Luigi
Russolo propôs,
na década
de 1910,
em The Art of Noises, a
composição musical a partir de fontes sonoras do meio ambiente, na busca da
variedade infinita dos ruídos. O efeito prático desta proposta foi a construção
de instrumentos produtores de ruído como o Intonarumori.
O primeiro concerto da série The Art of Noises ocorreu
em 21
de abril de 1914,
e em junho concertos similares ocorreram em Paris.
O compositor francês Edgard
Varèse,
foi pioneiro na exploração de novos conceitos de expressão musical. A sua
técnica de instrumentação revelava um ruptura com a escola vigente no Conservatório
de Paris,
quebra essa absolutamente necessária para a aceitação de fontes electrónicas na
composição musical. O conceito de análise e de "regenese" dos sons
foi explorado por Varèse na sua obra instrumental, obrigando-o a utilizar os
instrumentos como componentes de massas sonoras de diferentes timbres,
densidades evolumes.
As aspirações de Varèse no campo da música electrónica foram bloqueadas por
razões financeiras e pelo deficiente apoio que recebeu. As obras teóricas de
Thérémin, inventor do instrumento com o mesmo nome, debruçavam-se sobre os
princípios analíticos na música, de forma sistemática e científica, antecipando
a metodologia da composição de música electrónica.
Na França, um dos
instrumentos eletrônicos mais famosos são as ondas
Martenot,
inventadas em 1928 por Maurice
Martenot,
e desenvolvidas para reproduzir os sons microtonais encontrados na música
hindu.
Após demonstração por Maurice em Paris, compositores começaram a utilizar o
instrumento. Já o trautônio também
foi inventado em 1928, e em 1940 Richard Strauss o
utilizou.
Essa nova classe de
instrumentos microtonais por natureza foi adotada lentamente pelos
compositores, mas, a partir do início da década de 1930, houve um aumento
substancial de novos trabalhos incorporando esses e outros instrumentos
eletrônicos.
Novos equipamentos
magnéticos
Darius Milhaud e Percy
Grainger utilizaram
a capacidade de gravação e reprodução em vinil para
deformar sons gravados através da variação da velocidade de leitura. Hindemith
interessou-se especialmente pela capacidade de reproduzir os sons dos
instrumentos acústicos electronicamente, ideia que Varèse conseguiu contornar.
Na década
de 1930, os principais avanços foram nos sistemas de gravação.
Depois de tentado um sistema de gravação óptica,
revelou-se mais vantajosa a gravação em suporte
magnético. O maior avanço ocorreu na Alemanha em 1935,
com a invenção do magnetofone,
que utilizava fitas plásticas impregnadas de partículas de ferro. A
fita magnética não permitia no entanto a visualização por meio de gráficos do
som, desvantagem que teve pouca importância. Até 1945, as
principais linhas de desenvolvimento foram na concepção do som musical, no interesse
pelos princípios da acústica, que permitiram o avanço no campo da música
electrónica.
Década de 1940 e 1950: música concreta e Elektronische
Musik
A Segunda
Guerra Mundial forçou o
desenvolvimento tecnológico a vários níveis que, cessado o fogo, se revelou
determinante no progresso da música electrónica. O clima de reconstrução
económica proporcionou incentivos de várias instituições, sobretudo das
emissoras de rádio, que dispunham de estúdios bem
equipados. Em Paris e Colónia estabeleceram-se
duas diferentes correntes na música electroacústica que
duraram toda a segunda metade do século
XX: respectivamente a corrente da música
concreta e a Elektronische Musik.
A partir do fim da
década de 1950 o termo música
eletroacústica começa a
ser adotado. Ele designa a música de instrumentos acústicos gravados, cujas
gravações podem ser manipuladas, combinadas, montadas e superpostas.
Desenvolvimentos dos franceses
O grupo francês foi
resultado da iniciativa de Pierre
Schaeffer, engenheiro electrotécnico, criador do conceito de música concreta,
assim chamada por partir da gravação e transformação em estúdio de objetos
sonoros (sons do ambiente, dos ruídos aos instrumentos
musicais) recusando a utilização de instrumentos electrónicos. Eles foram
responsáveis pelas primeiras mixagens. Na mesma
época, Paul
Boisselet realizava
experimentos com osciladores eletrônicos.
As primeiras composições de Schaeffer, que incluíam a manipulação sonora por
meio da variação da velocidade ou do sentido de leitura das gravações, tinham
um efeito musical fraco, incoerente pela sua natureza fragmentária. Em 1948 foi
apresentada peça Etude aux chemins de fer, e no ano
seguinte, Variations sur une flûte mexicaine, outra
obra da música concreta. Mais tarde, com a melhoria da tecnologia e em
associação com o compositor Pierre
Henry e o engenheiro Jacques
Poullin, fundando em 1958 o Groupe
de Recherches Musicales, surgiram as primeiras composições de resultado
satisfatório: Symphonie pour un homme seul, primeira
sinfonia de música concreta, e a ópera Orpheé 51,
esta última utilizando aparelhos como o Morphophone e os Phonogènes,
que operavam sobre gravações em fita
magnética.
Curso de Verão de
Darmstadt
Como resultado do
desacordo gerado entre franceses e alemães,
no curso de Verão de Darmstadt (1951), Schaeffer publicou o ensaio Esquisse d’un solfège concret que veio reafirmar e sistematizar as
suas ideias no panorama de então. Os seus estudos levaram-no à publicação, em 1966, de Traité des objets musicaux, com base
dos estudos preliminares de Esquisse d’un solfège concret. Nesse trabalho,
Schaeffer estabeleceu 33 critérios de classificação divididos pelas três
dimensões fundamentais do fenómeno sonoro – o plano harmónico, o plano dinâmico
e o plano melódico – que permitiam 54 mil combinações distintas.
Apesar dos estudos
aprofundados que efectuou, Schaeffer não conseguiu mais do que meras ligações
passageiras com compositores como Boulez, Messiaen, Milhaud, Varèse e Stockhausen,
estes talvez desencorajados pelos resultados sonoros pouco refinados. À medida
que técnicas de processamento electrónico se tornavam mais aceitas, os
princípios da música concreta perdiam prosperidade. A conjuntura forçou
Schaeffer à mudança para um perspectiva mais universal - experiences musicales – o que levou à aproximação ao
conceito da Elektronische Musik. No início dos anos 1960, Henry fundava o seu próprio
estúdio,Xenakis começava já a
utilizar os computadores, dois exemplos entre as muitas outras linhas de
inovação, chegando assim ao fim o monopólio de Schaeffer.
No curso de Darmstadt os cientistas Robert Beyer e Meyer-Eppler apresentaram trabalhos sobre a síntese
sonora electrónica que despertaram o interesse de alguns dos compositores
presentes, entre eles Herbert
Eimert. Os três homens formaram uma associação informal que, com o apoio do
director técnico da Rádio de
Colónia, foi pioneira na criação de estúdio de música electrónica na Alemanha.
As primeiras experiências musicais, apresentadas em Paris, datam de 1952 e
revelam a utilização de técnicas deserialismo integral,
na sequência do desenvolvimento pós Segunda
Escola de Viena. Os processos de composição seriais foram motor do
desenvolvimento da síntese electrónica, com o intuito de poder manipular, individualmente,
cada uma das propriedades dos sons, distanciando-os assim da sua origem
primitiva. A grande questão punha-se: "será que os sons electrónicos,
enquanto fonte universal de material sonoro, podem gerar um sistema
estruturador coerente correspondente ao tonalismo?" A resposta estaria num
estudo mais aprofundado da síntese sonora, com base nos conhecimentos matemáticos da acústica musical. Foi consensual que o gerador
de sinais era o instrumento mais adequado como fonte do material electrónico.
Produz sons sinusoidais (simples) que, sobrepostos, formam todos os outros
sons. Outros aparelhos foram utilizados, para além do gerador de sinais:
geradores de ruídos, o monocórdio,
e o melocórdio - um instrumento com a capacidade de
produzir Klangemodelle (sons
formados pela sobreposição de determinadasfrequências).
Desenvolvimentos de
Stockhausen
O estúdio foi
amplamente divulgado na comunidade musical. Stockhausen foi um dos compositores que
estabeleceu uma longa ligação com o estúdio. Lá, realizou muitas das suas
obras, entre elas os Studier I e II. Utilizou nesses
estudos ferramentas como o cálculo de frequências com base em relações
harmónicas, o serialismo de intensidades e durações, o eco e
a reverberação, a inversão sonora
ou a note mixtur. A técnica da
note mixtur baseia-se na sobreposição de sons sinosoidais que não apresentam
relações harmónicas com um som fundamental. Na produção do efeito de
reverberação, utilizavam-se inicialmente câmaras de reverberação onde o som era
emitido e regravado. Caíram em desuso pelo espaço que ocupavam e foram
substituídas por métodos mais simples. Para a modulação dos sons eram empregues filtros afinados para certos centros de
frequências, que permitiam favorecer ou empobrecer o som num certo campo de
harmónicos. Kontakte (1950-1960)
é uma das obras mais importantes de Stockhausen, que combina sons electrónicos
com a execução, em tempo real, de partes para piano e percussão.
Em 1956, o músico compôs Gesang der Jünglinge,
o primeiro trabalho de grande porte do estúdio de Colónia, baseado em um texto
do Livro de Daniel. A obra é
citada como inaugural da música
eletroacústica. Paralelamente, um
desenvolvimento tecnológico importante foi a invenção do sintetizador Clavivox por Raymond
Scott e auxílio de Robert Moog.
Erase-record-replay
A tecnologia erase-record-replay desenvolvida inicialmente para a
produção de eco, foi aí explorada de outras formas, na criação de loops, por exemplo.
Outra das características importantes na obra é a utilização da espacialização,
através da colocação altifalantes de forma conveniente no espaço de
execução. Outros compositores, tais como Brün,Hambräus, Heiss, Kagel, Koenig, Ligeti e Pousseur contribuíram para a extensa produção
do estúdio de Colónia. Estes criadores de electronische musik, constituíram a face oposta à corrente
francesa da música concreta, complementando-se no desenvolvimento da electroacústica até meados da década de 1960.
Música computacional
Surge o conceito da música computacional, gerada ou
composta como o auxílio de um computador. É também um ramo de estudo que
examina tanto a teoria quanto a aplicação de tecnologias na área de música.
Muito do trabalho nessa área está na relação entre a teoria musical e a matemática.
A primeira composição de computador foi gerada na Austrália por Geoff
Hill no computador CSIRAC. Posteriormente, Lejaren Hiller usou um computador na década de 1950 para produzir trabalhos que eram então
executados por músicos convencionais. Ele é o compositor da Suite Illiac (1956), a primeira inteiramente
automática e programada. O
trabalho de Max Mathews nos Laboratórios
Bellresultaram no influente programa
de computador MUSIC I. Pierre Barbaud, que já havia proposto
em 1950 a introdução da matemática na
composição musical, fundou o grupo de música algorítmica em 1958 junto
com Roger Blanchard.
Expansão mundial
A partir da década de
1950, diversos grupos de pesquisa desse novo ramo de música fomentado por
franceses e alemães estavam sendo abertos pelo mundo. O laboratório de música experimental
da Universidade de Colúmbia, Estados Unidos (1953), o estúdio experimental de Herman Scherchen na Suíça (1954), um estúdio de música
experimental no Japão (1954), o Studio di Fonologia da italiana RAI (1955),
um estúdio de música experimental na Polônia (1957). A intensificação das pesquisas
resultou em novos instrumentos, como um sintetizador controlado por uma fita de papel perfurado, começando a era dos
sintetizadores.
Década de
1960 e 1970: sintetizadores pessoais e a música popular
Devido à complexidade em compor com um sintetizador
ou computador, a maioria dos compositores continuava a explorar a música
eletrônica usando o música concreta ainda na década de 1960. Mas
como tal estilo não era gracioso, alguns compositores iniciaram pesquisas para
melhorar a tecnologia nesse sentido, levando a três times independentes
buscando o desenvolvimento do primeiro sintetizador pessoal.
O primeiro desses sintetizadores foi o Buchla,
aparecido em 1963, produto do trabalho do compositor Morton Subotnick.
Outro sintetizador foi o criado por Robert Moog, sendo o primeiro a
usar um teclado ao estilo de piano. Em 1964 Moog
convidou o compositor Herb Deutsch para visitar seu estúdio em Trumansburg.
Moog já havia encontrado-se com Deutsch um ano antes, ouvido sua música, e
decidido seguir a sugestão do compositor para a construção de módulos para
música eletrônica. Na época de visita de Deutsch, Moog já havia criado
protótipos de osciladores controlados, equipamento que Deutsch usou por um
tempo, e posteriormente Moog criou um filtro controlado por voltagem. Moog
então foi convidade para a Convenção AES em Nova Iorque no
qual apresentou o artigo "Electronic Music Modules" e vendeu seu
primeiro sintetizador ao coreógrafo Alwin Nikolais.
Em 1964, Stockhausen compôs Mikrophonie
I para tam-tam, microfones de mão, filtros e potenciômetros. No ano
seguinte foi composta Mikrophonie II para coro órgão
Hammond e moduladores.
Adoção
pela música popular
Apesar da música eletrônica ter começado nas
ramificações da composição clássica, após alguns anos ela foi adotada pela cultura
popular. Um dos primeiro exemplos é o tema para televisão do seriado Doctor
Who composto por Delia Derbyshire, em 1963.
No final da década de 1960 Wendy Carlos popularizou
a música de sintetizador com os dois notáveis álbuns, Switched-On Bach e The
Well-Tempered Synthesizer, que reproduziram peças de J. S. Bach usando o
Moog. O equipamento gerava somente um nota por vez, então para gerar a
composição Carlos teve que sobrepor as gravações em um amplo trabalho de
estúdio. As primeiras máquinas também eram bastante instáveis, e perdiam a
afinação com facilidade. Apesar disso, muitos músicos como Keith Emersondo Emerson
Lake and Palmer começaram a usar os equipamentos, inclusive em turnê. O teremim,
que é extremamente difícil de ser executado, foi também usado na música
popular. O teremim elétrico foi usado em "Good Vibrations" do The
Beach Boys. Já os Beatles usaram o mellotron em "Strawberry
Fields Forever" e o pedal de volume em "Yes It Is".
Assim que a tecnologia evoluiu e os sintetizadores
tornaram-se mais baratos, foram sendo adotados por várias bandas de rock, tais
como The Silver Apples e Pink Floyd, usando os equipamentos como
substitutos ao órgão.
Krautrock
e jazz fusion
Na década de 1970 o estilo eletrônico foi
revolucionado pela banda alemã Kraftwerk, que usou a eletrônica e robótica para
simbolizar a alienação então atual do mundo em relação a tecnologia.
Outras bandas contemporâneas e contemporâneas que também incorporaram o som
eletrônico à música popular e principalmente ao rock incluem Tangerine
Dream, Can, Neu! e Popol Vuh. Tal movimento acabou sendo
pejorativamente chamado pela imprensa inglesa da época como krautrock (uma
referência ao apelido sauerkraut dos alemães, que significa chucrute,
um prato tradicional daquele país), mas acabou sendo aceito pelo tempo devido à
grande influência de tais bandas.
Alguns pianistas de jazz como Herbie
Hancock, Chick Corea, Joe Zawinul (Weather Report) e Jan
Hammer (Mahavishnu Orchestra) começaram a usar os sintetizadores em
gravações de jazz fusion entre 1972 e 1974. As
gravações I Sing the Body Electric de Weather Report e Crossings de
Herbie Hancock usaram sintetizadores para efeitos de som em contraste de
somente um substituto ao piano.
A composição para Forbidden Planet, por Louis
and Bebe Barron, foi completamente composta usando o teremim em 1956.
Assim que os sons eletrônicos tornaram-se mais populares nas composições,
outros filmes de ficção científica como Blade
Runner e Alien passaram a depender no efeito de
ambiente formado por tais instrumentos.
Década de
1980 a 2000: a música eletrônica para o grande público
No final da década de 1970 e início da década
de 1980 houve grande interesse na inovação em instrumentos de música
eletrônica, amplamente pela substituição dos sintetizadores analógicos por
versões digitais, além dos primeiros samplers. Na época os samplers eram,
tal qual os primeiros sintetizadores, espaçosos e caros, mas em meados da
década de 1980 foram desenvolvidos para tornarem-se mais disponíveis aos
músicos.
Similarmente aos samplers, a música eletrônica foi
amplamente difundida a partir da década de 1980 através da popularização doscomputadores
pessoais. A partir de então era possível emular as funcionalidades de
instrumentos musicais ou de sintetizadores através da criação, manipulação e
apresentação virtual de som. Percebeu-se que diferentes equipamentos não
conseguiam comunicar-se entre si devido à diferenças em suas tecnologias. Para
solucionar o problema foi criado o MIDI, um protocolo de comunicação destinado
a comunicação, controle e sincronização de informações de aúdio entre
dispositivos como teclados, sintetizadores e processadores de som. Concebido
em 1980, proposto para padronização em 1981 e introduzido de
fato em agosto de 1983 (versão 1.0), o MIDI tornou-se um dos padrões
mais notáveis da indústria da informática e atualmente é aceito na
maioria dos equipamentos de aúdio e instrumentos musicais eletrônicos. O
advento dessa tecnologia permitiu que um simples comando ativasse qualquer
dispositivo do estúdio remotamente e em sincronia, respondendo de acordo
com as condições predeterminadas pelo compositor.
Electro e música industrial
Os novos tipos de sons eletrônicos contribuíram
para a formação da música industrial, começada por grupos como Throbbing
Gristle em 1975, Wavestar e Cabaret Voltaire. Artistas
como Nine Inch Nails em 1989, KMFDM e Severed
Heads usaram as inovações da música concreta e aplicaram à música
dance e rock. Durante esse tempo, artistas de dub como Tackhead gravaram
composições com modelos da música industrial que pavimentaram o interesse a
bandas como Meat Beat Manifesto e produtores de downtempo e trip
hop como Kruder & Dorfmeister. Destaque especial para o
surgimento do synth pop (a música pop tocada com o
predomínio de sintetizadores) nessa época, que revelou Mega bandas de reconhecimento
mundial e influência enorme dentro da música eletrônica como Alphaville, Depeche
Mode, New Order, Information Society, A-Ha e logo depois, Pet
Shop Boys eErasure.
Ainda durante o começo da década de 1980
desenvolveu-se em Detroit o electro, uma forma de hip hop misturada
com o timbre dos sintetizadores analógicos (usando várias referências de Kraftwerk),
baseado amplamente nas caixas de ritmos como o Roland TR-808.
Ainda que seja mais associado com ohip hop e usado no breakdance da
época, o electro é considerado uma forma de música eletrônica. O estilo foi
resgatado nos anos 2000 com o electroclash mas decaiu pela grande
influência de novos estilos de música eletrônica tais como o house.
Música eletrônica dançante
O estilo passou então de uma mera ferramenta para
os músicos diversificarem e desenvolverem novos sons e timbres musicais
apoiando-se em outros estilos musicais para ganhar uma cena própria. Com o
sucesso da música disco, que atingiu seu auge entre 1977 e 1979 em
parte devido ao filme de 1977 "Saturday Night Fever", a década
de 1980 e décadas seguintes na música eletrônica foram marcadas pelo
surgimento da música eletrônica dançante, levando ao desenvolvimento de novas
ramificações como o techno, o house e o trance.
A música eletrônica torna-se a partir de então, além de um estilo musical, um
estilo de vida marcado pelas raves (eventos sociais de
elevação de consciência baseados em música eletrônica) e pelos DJs (músicos
que utilizam instrumentos musicais eletrônicos para executar composições).
O desenvolvimento do techno em Detroit e house
music em Chicago na década de 1980, além do acid
house no Reino Unido no início da década de 1990 aceleraram
o desenvolvimento e a aceitação da música eletrônica na indústria da música,
introduzindo a música eletrônica dançante às casas noturnas. A composição
eletrônica pode seriar ritmos mais rápidos e precisos que os criados pela percussão tradicional,
além de oferecer a possibilidade de misturas e adição de outros elementos como instrumentos
musicais tradicionais e vocais. O estilo desenvolveu-se de tamanha
maneira a tornar-se comercialmente acessível que mesmo artistas pop chegaram
a compor usando o estilo, como nos álbuns Believe da cantora Cher, Ray
of Light da cantora Madonna e Fever da Cantora Kylie
Minogue. Destaque para os álbuns Music for the Masses de Depeche
Mode e Power, Corruption and Lies de New Order, que
se tornaram álbuns chaves no desenvolvimento da música eletrônica em geral.
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