O DJ/produtor holandês A-LUSION cedeu gentilmente para a Q-Dance Brazil uma entrevista
contando um pouquinho do seu estilo dentro do Hardstyle, o crescimento do
Hardstyle na América do Sul e o projeto Q-dance Brazil. Está imperdível!
• Primeiramente, é um prazer para nós tê-lo para esta entrevista.
Certamente muitos fãs brasileiros terão a oportunidade de conhecer o 'A-lusion'
ainda mais. Diga-nos um pouco de como você iniciou a carreira.
Em 1997, eu começei a combinar samples de áudio em DOS com FastTracker
II. Depois de produzir um monte de músicas de diferentes gêneros, acabei
produzindo Hardtrance e Hardstyle por volta de 2001/2002. Depois de investir no
meu estúdio com o dinheiro feito em meus primeiros trabalhos, eu consegui produzir
algumas tracks mais profissionais que foram captadas pela Scantraxx. Então eu
assinei com esta label tão famosa em 2003, sendo um dos primeiros jovens
artistas. Lá eu também comecei a tocar como DJ em eventos ao redor do mundo. Eu
já toquei em quase todos os eventos Q-dance, B2S e BassEvents como: Qlimax,
X-Qlusive, Defqon, Q-base, Bassleader, Hardbass, Reverze, InQontrol, etc. Além
desses eventos, eu já toquei em cerca de 15 diferentes países ao redor do
mundo. Durante minha carreira, eu também me formei com um diploma de bacharel
em tecnologia multimídia. Após 6 anos de combinar o meu trabalho de
desenvolvimento web com a minha carreira musical, decidi em 2009 me concentrar
completamente na música. Tudo isso enquanto eu ainda estou com apenas 29 anos de
idade... Bem... Isso não é velho ainda, certo?
• O que você pensa sobre o projeto 'Q-dance Brazil'? Seria um tentativa
válida de fazer o público Hard Dance crescer no país e, eventualmente, se
tornar uma nova referência na cena Hardstyle?
Eu acho que o projeto é fantástico. Eu tenho apoiado o projeto no
Twitter desde o início. Eu acho que na verdade fui um dos primeiros a segui-lo
e retuitar as mensagens. :-) É sempre bom ver pessoas que apoiam a nossa ainda
pequena cena musical. Eu realmente acho que os brasileiros vão acabar amando o
gênero porque ele é de caráter amplo de áudio e energia. O sucesso do gênero Hard Dance no seu país se tem como base no tamanho da comunidade apoiando o
som. Podemos trazer os melhores lasers, luzes e música... mas a público é o
mais importante. Então, sim, façam muito barulho para nós, criem uma grande
comunidade e o resto vai acontecer naturalmente! Vocês terão todo o meu apoio e
logo que eu tiver a oportunidade de ir ao Brasil, eu entrarei no avião para
fazer festa com vocês e tocar para vocês!
• Se você fosse responsável por uma anthem de evento Q-dance no Brasill,
como você a imaginaria? O Brasil é um país tropical marcado pelo intenso
CALOR... tanto do público quanto do clima. Poderia isso influenciar a produção
da anthem?
Sim, isso evidentemente influencia a produção. Antes de eu começar a
produzir a anthem, eu iria aprender o máximo que eu pudesse sobre o seu país.
Então pegaria todo este conhecimento e usaria para criar a música. Eu acho que
a música teria muito ritmo e edições enérgicas. Eu provavelmente acabaria
usando alguns instrumentos de samba e ainda gostaria de fazer um videoclip
quente com um monte de belas mulheres brasileiras e eu em uma piscina! (risos)
• Como você imagina a excitação e a euforia do público brasileiro?
Acho que o público brasileiro é muito mais extrovertido e animado do que
vários públicos europeus. Os holandeses, por exemplo, são geralmente um pouco
restritos a si próprios e é mais difícil de extrair suas emoções. Eu acho que
vocês são muito mais extrovertidos e isso é definitivamente uma coisa boa
quando se trata de festas! Isto significa que a festa será mais selvagem e mais
louca. Então eu imagino muita emoção, loucura, autógrafos, fotos, bebidas e
momentos felizes!
• Atualmente no Chile já existe uma cena Hard e conta com a Mysteryland.
Em 2013, possivelmente a Mysteryland irá aterrisar em solo brasileiro. O que
você acha desse crescimento espontâneo do Hardstyle na América do Sul? Você
acha que a América do Sul tem poder para receber grandes eventos como Defqon.1
e Qlimax?
Bem, eu não estive na América do Sul ainda. Mas acredito que a música
Hard Dance e as pessoas na América do Sul se entendem por causa de
características comuns. Se vai se tornar um sucesso, depende da magnitude da
comunidade Hard Dance. A coisa mais importante que se implica, neste caso, é
que não há um número suficiente de pessoas conhecidas com o gênero e música.
Estamos ainda muito longe de fazer o Hardstyle um gênero em todo o mundo,
simplesmente porque gêneros como House e Trance são muito conhecidos em todos
os lugares e o Hard Dance ainda é bastante desconhecido. Seria tão bom ter
eventos com milhares de amantes de Hardstyle na América do Sul. Mas vai levar
tempo e dedicação para conseguir isso.
• Atualmente o país ganhará um festival nacional com um stage apenas
para Hard Stylers (Hardstyle e Hardcore). Este stage será
"controlado" por brasileiros que dedicam suas vidas a favor da Hard
Dance music. Como você enxerga a importância da cena iniciar e crescer a partir
dos próprios DJs brasileiros?
É crucial para a cena brasileira de hardstyle os DJs e produtores para
acelerar e promover o gênero. Se um de vocês puder acelerar o jogo e torna-se
um bom produtor, isso vai realmente ajudar a cena a crescer. A mesma coisa
aconteceu com a Austrália e muitos outros países. Vocês tem que ter alguns DJs
locais que deixem o país orgulhoso. Então, a minha mensagem para todos os
produtores de seu país é: trabalhe duro e tente dominar a beleza de
produzir o Hardstyle. Se vocês precisarem de ajuda, dê uma olhada no site da
minha empresa - http://www.lussive.com
• Defina o estilo 'A-lusion' e a nova fase da sua carreira com uma label
própria.
Como eu disse no início da entrevista, eu estou ativo na cena Hardstyle
desde 2003. Várias coisas aconteceram com o meu estilo 'A-Lusion' e a minha
carreira. Eu tive muitos altos e baixos na minha carreira. Mas, no fim, foi
tudo de bom, já que eu ainda sou ativo e forte, depois de quase 10 anos. O
estilo do A-Lusion sempre foi diferente, internacional e, por vezes, bastante
inovador. No inicio, meu estilo era bastante underground, tendo a música
' Beat Drummer' como kicks e temas. Quando o 'pitch kick' teve seu início através
do Donkey Rollers e Headhunterz, eu acabei o adaptando bem para o meu som. Mas
os meus temas e vocais sempre mantiveram seus temas misteriosos e único. Como
produtor, você procura sempre um desafio e melhoria do seu som. Eu fiz
recentemente uma decisão sobre o meu novo estilo 'A Lusion'. Fique atento e
você vai ouvir o que vai acontecer nos próximos meses. Uma coisa é certa: Irei
criar 100% meu próprio estilo... o que eu gosto! Estilo internacional! Eu
comecei a minha label para ser capaz de liberar o que eu quero, lançar alguns
projetos paralelos e apoiar todos os grandes novos talentos que eu descobrir
com bastante frequência.
• E finalmente, deixe uma mensagem para todos os Q-dancers brasileiros,
amantes de Hardstyle/Jumpstyle/Hardcore que curtem seu trabalho.
Obrigado por apoiar o Hard Dance! Pessoas como vocês são quem me motivam
no estúdio. Eu quero conhecer todos vocês e aproveitar a vida juntos,
festejando todos os dias! (risos) como se isso só isso fosse possível. Mantenha
o bom trabalho e vejo vocês no Brasil algum dia! Cumprimentos diretamente do
meu estúdio na Holanda!
A-lusion em seu estúdio na Holanda.
Fonte: Q-Dance Brazil
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